Enoturismo

O enoturista procura a história, e em demanda pela descoberta dessa história, procura o sabor, procura a identidade do local, procura o antagonismo de se perder na paisagem, nos sabores, fragâncias e saberes deste lugar como nenhum outro, do prazer de calcorrear calçadas antiguíssimas, de caminhar pelas vinhas ao amanhecer, de pisar a terra vermelha e dela colher o fruto desse néctar inebriante cuja origem é anterior à palavra escrita.

Terra esta por onde passaram, desde o século V anterior à Era de Cristo, celtiberos, romanos, alanos, visigodos e árabes, criando um caldeirão genético e cultural que faz deste lugar, um lugar especial na História do Mundo.

A esta dimensão quase feérica e mística, acrescenta-se a complementaridade da elegância e do bem-estar de viver e habitar num espaço, da fruição, contemplativa e experiencial, daquilo que é a zona rural em todos as suas valências: Região, Paisagem, Prática Agrícola, Vindima, Adega, Provas de Vinho, Gastronomia Local, Habitantes, Património, Arquitetura, Arte e Cultura.

O Enoturista não é um mero visitante, nem expectador, ele procura a zona de fronteira entre o conviver com o local e o habitar de um espaço, embrenhado na sua cultura e tradição, deixa de ser turista e passa a ser um amigo, alguém que nos alegra com a sua chegada, alguém que nos entristece com a sua partida.

O filme, “Enoturismo” produzido e realizado para a Região de Turismo do Alentejo, foi dos mais premiados no circuito CIFFT no ano de 2019, destacando-se em todas as categorias associadas à Gastronomia e Vinhos.